Afonso Camões é jornalista e atualmente exerce funções como diretor do Jornal de Notícias. Foi distinguido pelo governo mexicano e a associação de imprensa em 1982 com o Prémio Internacional de Jornalismo Revelação. Também recebeu uma citação honrosa publicada no Diário Oficial de Macau em 1992, a Medalha de Prata da Cidade de Castelo Branco em 1994 e a Medalha de Mérito profissional, no Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades portuguesas em Macau em 1999.
É Júri do Prémio Internacional de Jornalismo Rei de Espanha e do Prémio de jornalismo Don Quixote.
Juror of King of Spain International Journalism Prizes and Don Quixote Journalism Prize. Journalist, director of Jornal de Notícias
Miguel Castro Caldas
Escreve para a cena e para o papel, traduz e dá aulas de dramaturgia na licenciatura de Teatro na Escola Superior de Artes e Design. Trabalhou em teatro com Bruno Bravo, Jorge Silva Melo, Gonçalo Waddington, António Simão, Tiago Rodrigues, Teresa Sobral, Raquel Castro, Pedro Gil, Lígia Soares, Gonçalo Amorim, Rute Rocha, entre outros. Alguns dos seus textos estão publicados na colecção Livrinhos de Teatro dos Artistas Unidos, na editora Ambar, na Douda Correria, na Mariposa Azual, na Culturgest, na Primeiros Sintomas, e nas revistas Artistas Unidos, Fatal e Blimunda. Traduziu Samuel Beckett, Harold Pinter, Ali Smith, William Maxwell, Joyce Carol Oates, Salman Rushdie, Senel Paz, entre outros.
José Riço Direitinho
José Direitinho é formado em Agronomia, mas foi na escrita que descobriu a sua paixão. Nasceu em Lisboa, em 1965, e com 20 anos já escrevia no suplemento para jovens escritores do Diário de Notícias. Com um estilo literário bastante intenso e nostálgico, publicou a sua primeira obra A Casa do Fim, em 1992. Em 1999 viajou até ao Rio de Janeiro, onde participou na Bienal do Livro, uma prova do seu sucesso por ter sido o único português representado. Viveu durante algum tempo em Nova Iorque, na Ledig House, uma residência para escritores situada no vale do rio Hudson e foi lá que iniciou o seu livro de contos Um sorriso inesperado, publicado em 2005.
Luis Miguel Cintra
Luis Miguel Cintra nasceu em 1949 e é um dos nomes maiores do teatro em Portugal, uma das grandes referências para várias gerações de atores. Ator e encenador, foi bolseiro da Gulbenkian na Bristol Old Vic Theatre School e, em 1973, fundou o Teatro da Cornucópia, juntamente com Jorge Silva Melo. Foi Prémio Pessoa em 2005 e em 2014 o Festival de Teatro de Almada homenageou-o pela sua carreira. Em 2015, aos 66 anos, Luís Miguel Cintra depois de integrar o elenco da tragédia de Shakespeare, Hamlet, colocou um ponto final na sua longa e amplamente aplaudida carreira.
André Gago
Nasceu em Lisboa. Estreou-se com ator profissional 20 anos depois. Pelo caminho, e desde cedo, desdobrou-se em múltiplas aventuras relacionadas com as artes, sempre gostou de música, de desenhar, de representar, de escrever e, sobretudo, de pensar de forma multidisciplinar. A passagem pela Escola de Artes Decorativas António Arroio é um momento em que se perspetiva um percurso na arquitetura ou no design, mas o teatro fala mais alto. No teatro aprende a gostar de tudo, da montagem à encenação. A relação com a palavra é, no entanto, uma constante. Nos primeiros anos, adapta Aquilino Ribeiro e Jorge de Sena para o palco. Entretanto, descobre as máscaras e o poder da improvisação. Forma uma coleção de máscaras tradicionais que organiza em exposição e passa a dar aulas de Técnica da Máscara e Commedia dell’Arte. Nos anos 90 concebe e produz uma série de espetáculos em que é tradutor, adaptador ou autor: em Recitália, experimenta pela primeira vez um conceito teatral próprio que irá desenvolver nos anos seguintes. Interpreta Gardel a solo, num texto de José Jorge Letria. Em 2001 publica o conto O Circo da Lua, Prémio Revelação da Associação Portuguesa de Escritores, escrito como base para um espetáculo de circo, que irá dirigir em 2003. No mesmo ano, traduz e encena A Orquestra, de Jean Anouilh. Em 2004 cria o Teatro Instável, onde continua a criar espetáculos com base em montagens de textos de vários autores e originais seus. Em 2006 termina a tradução de Hamlet, que encenará no ano seguinte. Nos últimos anos, como ator, a palavra poética passou a ocupar um lugar cada vez mais importante nas suas atuações.
Ana Margarida de Carvalho
Ana Margarida de Carvalho nasceu em Lisboa, onde se licenciou em Direito e se viria a tornar jornalista. Ganhou vários prémios enquanto jornalista, entre os quais o Prémio Gazeta Revelação do Clube de Jornalistas de Lisboa, do Clube de Jornalistas do Porto e da Casa de Imprensa. Passou pela redação da SIC e publicou artigos na revista Ler, no Jornal de Letras, na entretanto extinta Marie Claire e na Visão, onde ocupa atualmente o cargo de Grande Repórter. Que Importa a Fúria do Mar, de Ana Margarida de Carvalho, venceu o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores. Não se pode morar nos Olhos de um Garo é o seu mais recente romance.
Andréa del Fuego
Andréa Del Fuego é o pseudónimo de Andréa Fátima dos Santos, escritora brasileira natural de São Paulo, onde nasceu em 1975. É formada em publicidade e já fez produção e realização de duas curtas-metragens. Estreou-se no mundo literário em 2004 com uma antologia de contos Minto enquanto posso. Em 2011, obteve reconhecimento como vencedora do Prémio Literário José Saramago com o romance Os Malaquias.
Prémio Literário assinala aniversário de Óbidos como Cidade Criativa da Literatura da UNESCO
Prémio Literário assinala aniversário de Óbidos
O lançamento do Prémio Literário Armando Silva Carvalho, que vai distinguir obras poéticas editadas nos países lusófonos, assinalou hoje o segundo aniversário da integração de Óbidos na rede de Cidades Criativas da UNESCO.
O prémio “é uma homenagem ao escritor [de Óbidos] cuja vida e obra merece ser divulgada nacional e internacionalmente”, afirmou hoje a diretora executiva da Óbidos Cidade Criativa da Literatura, Celeste Afonso, durante o anúncio do Prémio Literário Armando Silva Carvalho (1938–2017).
Natural do Olho Marinho, no concelho de Óbidos, Armando Silva Carvalho foi advogado, jornalista, professor do ensino secundário, publicitário e autor de uma vasta obra, sobretudo poética.
Daí que o prémio, o primeiro instituído desde a classificação de Óbidos como “Cidade Literária da UNESCO”, Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, a 11 de dezembro de 2015, se destine a premiar “obra poética publicada ao longo do ano em Portugal ou, em língua portuguesa, em todos os países da lusofonia”, explicou.
A distinção, cujo regulamento terá ainda de ser aprovado pela Câmara e pela Assembleia Municipal de Óbidos, não terá, segundo Celeste Afonso, um prémio pecuniário, mas sim “uma deslocação do vencedor a uma das Cidades Criativas da Literatura, durante três a sete dias”, para divulgação da obra, participação em tertúlias e encontros com escritores da respetiva cidade.
A primeira edição do prémio realiza-se em 2018, com a receção de obras candidatas até ao mês de maio, sendo o primeiro vencedor divulgado durante a terceira edição do Folio — Festival Literário Internacional de Óbidos, que decorrerá na vila entre os dias 27 de setembro e 07 de outubro do próximo ano.
A primeira cidade literária a receber o vencedor do Prémio Armando Silva Carvalho será Granada, em Espanha, a convite da Fundação Federico García Lorca.
A divulgação do prémio que assinala a comemoração dos dois anos da classificação de Óbidos foi feita no Centro de Design de Interiores (CDI), que a partir de hoje passa a ser “a sede oficial de Óbidos Cidade Literária da UNESCO” que assim passa a contar com um espaço físico “com informação sobre todas as cidades da rede e com uma nova dinâmica cultural”, acrescentou a mesma responsável.
O espaço, cedido à autarquia pela decoradora Maria José Salavisa (1925- 2006), funcionou durante alguns anos como um centro de promoção da aproximação entre os criadores e o público, organizando exposições, seminários, conferências e encontros relacionados com o design.
A partir de agora, a par da vertente informativa, “terá dinâmicas mensais de âmbito nacional e internacional” com “lançamentos de livros, tertúlias, ciclos de cinema e outros conteúdos”, adiantou Celeste Afonso.
A programação da casa estará também ligada aos dois principais festivais literários da Óbidos vila literária, o Folio e o Latitudes, um festival de literatura de viagens que arrancou este ano em edição piloto e que, de 26 e 29 de abril de 2018, cumprirá a primeira edição.
fonte:DN
World Literature Today: Ler Devagar
World Literature Today
Novembro de 2017
Ler Devagar
Lisbon is a city with no shortage of literary monuments. Look at downtown Chiado, where Livraria Bertrand continues its 285-year-old bookselling business uninterrupted, a meek world record. Along this same street, fanned out in a subtle triangle, Portugal’s greatest poets are frozen midjest or midparagraph in larger-than-life bronzes—Fernando Pessoa’s figure now permanently occupying his usual table outside Café A Brasileira, where the city’s writers once congregated to smoke and write and take their coffee. It is almost (almost) as though time has not passed at all. But the writers no longer take their coffee there.
Standing out amid all these pieces of history is Ler Devagar, a nascent palace of book culture more interested in restoration than preservation. After a brief stint in Lisbon proper, the bookstore relocated to the city’s fringe, opting to take up residence in the ex-industrial premises of Alcântara’s rapidly revitalized LX Factory (pronounced “el sheesh”). Now a hub of precocious restaurants, boutiques, art, and design, the area seems a perfect fit for Ler Devagar’s own ethos: not a site of Lisbon’s literary history but a sign of its literary future.
Ler Devagar“Read slowly.” That’s the literal translation of this three-story bibliophile’s dream and the persistent invitation of the shop’s open space. The optics are, in a word, stunning. Books line the aisles on the first floor and climb up every spare inch of wall on all three. To one side a massive outmoded printing press sits like a column, providing a tucked-away space for a coffee and wine bar (one of two in the store, with a cake shop to boot) and an anchor-point for the signature airborne sculptures strung across the shop: fanciful cyclist silhouettes lending an air of magic to the catwalks and stacked platforms. This is a place you can explore for hours on end even before you get to the books, an inexhaustible collection of new and secondhand titles with their own worlds to offer in a number of tongues.
It’s also a place where people can meet, mix, and collaborate. Ler Devagar is evidently designed with conversation in mind: everywhere tables are distributed plentifully, in unfussy clusters fit for lively groups and small, neat rows for quiet couples. Rotating exhibitions and regular readings, performances, and workshops push Ler Devagar from a bookstore to a dedicated community arts space. A small, still-functioning press rests on the uppermost platform amid an exhibition- and work-space for local artists; on one occasion, at least, it has spit out the warm, inked sheets of one of Lisbon’s award-winning independent newspapers. Sectioned off from the rest of the shop is the auditorium, Ouvir Devagar (“listen slowly”), comprising a stage and a couple dozen chairs that, if the online events calendar is any indication, receive ample use these days.
Ler Devagar has been counted among the world’s most beautiful bookstores for a few years now, but its larger project of restoration in Lisbon and around the country has also made it one of Portugal’s most valuable cultural projects. Just one example: in 2013 Ler Devagar proposed a project to restore eight different disused spaces in the historical castle-town of Óbidos, turning them into book-minded shops and spaces like the Literary Man, a library-style hotel decked with over forty thousand titles.
Two years later Óbidos became one of UNESCO’s twenty “Cities of Literature,” officially making history rather than preserving it. Along the way, Ler Devagar has made something else that may be just as important: an ample number of places for writers to take their coffee.
Grant Schatzman is a writer and editor in Norman, Oklahoma, and a student of English literature and letters at the University of Oklahoma.
LATITUDES 2018- Programa (26-29 de Abril)
Brevemente Disponível