Quantas rebeldias são precisas para uma revolta? Quantas revoltas fazem uma revolução? E quantas revoluções transformaram a história? Muitas… e estão todas aqui.
O Folio este ano é rebelde, revoltado e revolucionário. Mas também é único, inclusivo e feliz. Os dias mágicos que vila literária apresenta este ano são um manual de instruções para a compreensão da história.
São a forma bruta e a matéria prima. Destino e chegada. Alfa e ómega. Nas palavras dos escritores, no olhar das exposições, no sentido sonoro dos compassos da música. São metrónomo, arritmia e sobressalto.
Mas o Folio é apenas para quem se atrever a cruzar as muralhas da vila encantada estando disponível para que estes onze dias lhes acendam a alma, roubem o folego.
No primeiro Folio, em 2015 inventámos o verbo “literar” e fizemos de Óbidos um local de encontro. Escritores, alunos, professores, editores, estudiosos, livreiros e todos aqueles para quem a palavra e a literatura eram profissão e inspiração. Foi uma Babel.
No ano passado, em 2016, agarrámos a “utopia” e fomos ainda mais longe. Voltámos a estar juntos e a incluir mais amigos, a fazer mais parcerias, a ter mais gente.

Passámos a ser uma referência no panorama cultural português e internacional.
Este ano estamos de volta e somos revolucionários. Na terceira edição vai haver, como sempre, concertos inéditos, exposições únicas e conversas com autores. Mas não há só isso. Há uma programação única, muitas vezes inédita, feita na Vila Literária por uma das mais abrangentes parcerias que agentes culturais construíram até hoje em Portugal.
São livros e escritores. Aulas e filmes. Exposições e mostras. Concertos. Acertos. Desconcertos. E todas as outras surpresas que só poderá testemunhar estando presente aqui.
São muitas histórias para contar.
Nos dias do Folio é mais fácil encontrar nas ruas de Óbidos escritores, poetas e artistas que outra gente como a gente. Não há um beco, viela ou calçada sem um encontro improvável.
No último dia do Folio de 2015 o Luís Fernando Veríssimo escreveu: – “Se você acha que este Folio é muito bom, tem de esperar para ver o próximo.”
Pois é. Quem já cá veio sabe bem o que se leva daqui. Quem ainda não veio, tem de vir.